sábado, 26 de novembro de 2011

Bang Theories #5

E agora mais uma das minhas teorias...

A Música está presente em tudo no Universo.

Aí você me pergunta: "Nossa! Mas tudo???"

-Sim.

-Tudo mesmo?

-Sim.

-Mesmo, mesmo?

-Sim.

-E nos bailes Funk do Rio, e nas baladas Sertanejas?

-Ahn... É, veja bem... A Música está presente em QUASE tudo.

Mas enfim, tirando esses lugares fora-de-questão aí e similares, TUDO tem Música. Tudo! Por exemplo: quando você está almoçando, sabe aquela batida incômoda dos talheres nos pratos que vc ouve no restaurante? Então... Aquilo é percussão, e o som tem uma determinada frequência, ou seja, é uma NOTA MUSICAL. legal, né?

Outro exemplo... Corrida de Fórmula 1. Sabe o "ioooooounnnnnnnnnnnnnnnnnnnn" que os carros fazem quando passam? Então, aquilo tem uma nota, cuja frequência ouvida vai diminuindo conforme o carro vai se afastando de você... É o chamado Efeito Doppler.


E claro, a Música está muito presente em barzinhos, faculdades de Música, casas de músicos amadores (that would be me...), etc etc etc...

Então, pegue um momento de seu dia, e tente ouvir a Música à sua volta. Às vezes, é muito recompensador!!! (Às vezes não, mas sacomé né...)

Площа Україні - Praça da Ucrânia #2

Continuando meus relatos pela Praça da Ucrânia:

Depois que conheci o "pessoalzinho", vi um cara de aproximadamente 35, 40 anos de idade, com bermuda, camisa pólo, boné, óculos escuros e chave do carro na mão, entrando no círculo com seu filho de no máximo 8 anos. Falei: "E aí cara, tudo certo? Vieram trocar figurinhas?"
Ele imediatamente falou "Opa! Vâmo começar?"
Então começamos; o procedimento padrão é o seguinte: cada um já traz de casa seu bolo de figurinhas separadas por ordem numérica, um papel com os números faltantes e uma caneta. Então, trocam-se os bolos de figurinhas, e os dois trocadores separam simultaneamente as figurinhas faltantes do colega. Ao final da separação, é feito o balanço de quantas faltantes ficaram pra cada um, e finalmente negocia-se comofaz se algum ficou com mais que outro. Geralmente, somente acerta-se a quantia devolvendo ao colega mais repetidas, até que se iguale o número de figuras coletadas por cada uma das partes.

Enfim, fiz isso umas 20, 30, 40 vezes naquele sábado que fui. E a cada troca, fui percebendo que o trocador era diferente. "Mas é claro, vc não ia ser idiota de trocar duas vezes com a mesma pessoa!"
Lógico... Mas quero dizer diferente em tudo: no jeito de guardar o bolo (com elástico, papel, sacola, caixinha, bolso, etc), no jeito de trocar, na ordenação das figurinhas, no ritmo de separação, etc... Então, lá vai o tipo "padrão" que eu vi em aproximadamente 70% dos trocadores da praça:

Um pai bonachão, com roupa esporte, que veio à praça de carro trazendo seu filho pequeno, que só tem o trabalho de colar as figurinhas trocadas quando chegar em casa. Enquanto o pai fica garimpando trocadores debaixo de sol, negociando e se preocupando, o filho fica do seu lado como um mero acompanhante, ou vai brincar no parquinho, ou nem vem: fica em casa esperando o papai fazer todo o serviço.

Eu fui à praça pensando que iria negociar com criancinhas de no máximo 10, 12 anos, mas me deparei com os pais. Perguntei a um deles: "Escuta... Vocês não deixam os filhos trocarem as figurinhas, já que o álbum é deles?"
Ele respondeu de pronto: "Ih, não rapaz, dá uma confusão... Eles se perdem, não ordenam por número, nem sabem negociar, vão trocando tudo que conseguem de uma vez só... É perigoso, vai que um pirralho passa a perna neles, eles saem perdendo figurinha e tudo..."

"Mas que eu saiba, ESSE é o propósito da troca! Incentivar pra que os moleques aprendam a se organizar, negociar, conversar e se entrosar, e aprenderem a não serem passados pra trás..."
Aí o cara só sorriu pra mim, me devolveu meu bolo (do qual ele tinha pegado umas 5 figurinhas), e foi procurar outro colega pra trocar.


Mostro aqui minha indignação quando vejo que os pais deixam os filhos, verdadeiros piás-de-prédio, trancafiados no carro ou sentados sozinhos, enquanto que, se todos os que estavam na praça fizessem os filhos trocarem, os pirralhos fariam muitos novos amigos, trocariam contato, aprenderiam a brincar, trocar as figurinhas, se organizar pra que não se percam no meio da troca, e a se policiar pra que ninguém os passe pra trás. AH, e JOGARIAM BAFO!!! Pasmem, não achei NINGUÉM jogando bafo!!!! No meu tempo de criança, álbum de figurinhas com figurinhas repetidas era sinônimo de bafo, pra apostar as repetidas e desafiar os coleguinhas. Nem isso fazem mais...

Enfim, depois posto sobre os outros tipos que encontrei na praça, e o que acho de cada um deles... ;)

Площа Україні - Praça da Ucrânia #1

E o blog volta à ativa depois de algumas semanas, muito trabalho, Red Bull, café e o TCC concluído e aprovado.

Como já postei anteriormente, gosto muito de fazer coleção de álbum de figurinhas. Pois bem, estou colecionando o álbum do Campeonato Brasileiro 2011, já há algum tempo (mais precisamente, desde junho). Segue a foto dos meus dois álbuns, meus bolos de figurinha, papel com as faltantes e caneta...


Como eu já soube desde 2006, quando fiz meu álbum da Copa do Mundo, a Praça da Ucrânia, aqui em Curitiba, é um ótimo ponto de troca, onde todos os sábados pela manhã e início da tarde se reúnem vários colecionadores pra trocar figurinhas, experiências, etc (e o que dá nome ao título do post)... Pra mim, era só um ponto de troca e pronto, blza...

Algumas semanas atrás, resolvi ligar pra banca de revistas que fica na tal praça, perguntar se isso ainda existia pro Campeonato Brasileiro... O cara que atendeu me falou que todo sábado apareciam algumas pessoas trocando ali na praça, "um pessoalzinho vem pra trocar de vez em quando"... Então, como iria ficar fim de semana inteiro em Curitiba mofando sem fazer nada, resolvi tirar a manhã de sábado pra ir lá ver como é. Inicialmente pensei que iria encontrar uns 2, 3 amiguinhos trocando figurinhas entre si, nada promissor. Maaaaaaas, como não tinha trocado com ninguém ainda, resolvi arriscar.

Desci do ônibus, e quando olhei pra praça vi um burburinho vindo do círculo onde tem a estátua do ucraniano-que-eu-não-sei-o-nome. Pensei: "Ah, vou perguntar pra eles, todo serelepe e saltitante, se eles viram os amiguinhos trocando figurinhas". Quando cheguei perto, vi que todos estavam em pares, sentados no banquinho, olhando algo em seus colos. Cheguei mais perto ainda, e só me deu tempo de falar "P*TAQUEOPARIUUUUUUU!!!!!!!"
Percebi que o burburinho vinha das aproximadamente 30 pessoas lá no círculo, sendo que TODAS estavam com seu bolo de figurinhas trocando entre si, conversando, negociando, etc. Vi também um carinha de cavanhaque, IDÊNTICO ao Paulão das Velhas Virgens (só que um pouco mais magro e bem menos alcoolizado), sentado debaixo de um guarda-sol numa cadeira de plástico, CHEIO de figurinhas na mesa, sozinho. Perguntei pra ele "Opa, tudo bem? Vc tá trocando figurinhas?" Ele respondeu: "Não, eu só vendo ou troco 3 por 1. Trocar de boa é com o pessoalzinho ali..."
Então, pensando que o cara era um belo de um vigarista egocêntrico e dinheirista (o que se mostrou verdade depois), fui trocar com o "pessoalzinho". E você deve imaginar: "Ah, são só garotos, criancinhas que gostam de trocar figurinhas com os amiguinhos de escola e de prédio..."

NÃO!!!!

Na verdade, 80% do pessoalzinho eram homens adultos, que trouxeram o filho pequeno pra trocar figurinhas dos álbuns dos filhos. Na verdade, os filhos ficavam brincando no parquinho, conversando ou babando pela praça, enquanto os pais é que realmente trocam... Mas enfim, dentre todo esse pessoal tinha tantos tipos, que não vou conseguir colocar tudo num post só, então nos próximos falarei de cada um em particular...

Então, não perca os próximos capítulos, nessa mesma hora, nesse mesmo canal!